Três mulheres que ajudam a tornar o mercado de maconha mais inclusivo

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Só nos Estados Unidos o mercado da maconha deve chegar a US$ 44, 8 milhões (R$ 183 milhões) em 2024, mas o ramo ainda é extremamente dominado por homens, com poucas mulheres em cargos de liderança — ficando ainda pior para empreendedoras negras. Segundo o site Green Entrepeneur, apenas um terço das líderes do setor são mulheres.

Entretanto, apesar do cenário desafiador, muitas mulheres estão determinadas a tornar o mercado mais inclusivo. Abaixo listamos três destas executivas que saíram do mercado tradicional para investir no da maconha.

1) Shanel Lindsay, diretora executiva da Ardent

A ideia de Shanel na faculdade era clara: conseguir uma carreira que fosse boa financeiramente e também para a sociedade. Por isso, escolheu ser advogada, o que deu certo.

Certo dia, a executiva foi presa por posse de maconha, quando a erva ainda não era legalizada no estado de Massachusetts. O uso era para aliviar dores de um cisto no ovário e para ajudar a relaxar. Apesar de estar com uma quantidade menor do que a proibida, Shanel ainda foi colocada em uma cela na prisão.

Aquela situação fez com que a advogada ficasse ainda mais interessada no mercado de maconha — e perceber as desvantagens para pessoas negras neste cenário.

Em casa, Shanel começou a fazer experimentos para transformar a maconha em algo comestível. Em 2013, quando a erva foi legalizada em Massachusetts, levou seus testes para um laboratório onde conseguiu desenvolver um protótipo do Nova Decarboxylator, permitindo que qualquer pessoa possa fazer o processo em casa. Dois anos depois, ela fundou a Ardent Cannabis e começou a vender o Nova e outros produtos relacionados.

2) Jeanne Sullivan, investidora no Arcview Group

Quando decidiu entrar no mercado da maconha, Jeanne assustou a todos seus amigos e familiares. “Eu tinha discutido com meu marido e filhos pelo uso”, disse Jeanne. Mas quando começou a pesquisar, a executiva descobriu a injustiça que ocorria (principalmente com pessoas de cor).

Fundadora de uma venture capital e investidora há anos, Jeane percebeu também a capacidade de crescimento no mercado. Por isso, se tornou uma das parceiras no Arcview Group, o primeiro e maior grupo de investidores em empresas de maconha. Até hoje, já foram investidos mais de US$ 280 milhões (R$ 1,1 bilhão).

3) Victoria Flores, cofundadora da Lux Beauty Club

Primeira pessoa da família a entrar na faculdade, Victoria tinha uma carreira de sucesso no mercado financeiro. No entanto, trabalhando 18 anos em Wall Street, percebeu que aquela era apenas uma parada antes de seguir seu sonho: abrir um negócio.

Como usuária de maconha, a empreendedora começou a prestar atenção no mercado e, comparado com seu emprego atual, parecia ser mais igualitário em relação às mulheres. Além disso, se conseguisse ter sucesso, poderia ajudar a mantê-lo assim.

Victoria e sua amiga de infância, Leslie Wilson, formaram então uma parceria e perceberam uma oportunidade na indústria da beleza. Assim, em 2016, elas abriram a Lux Beauty Club, com US$ 750 mil (R$ 3 milhões) de investimento. Naquele momento, elas eram uma das únicas a oferecer esse produtos de beleza com canabidiol — e hoje é uma das maiores.

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