Em Israel a maconha não é tabu. Seguindo a tendência dos países civilizados do primeiro mundo, Israel permite o plantio de maconha para uso medicinal e pesquisa. Há muito dinheiro investido nas pesquisas, com foco nos benefícios que os componentes da maconha podem proporcionar e no mercado gigantesco que se abre com a liberação gradual da droga.
Há pesquisas na área de tratamento médico e na criação de inúmeros produtos, patentes e marcas com as substâncias da maconha, como adubo, cosméticos e tecidos. Os pesquisadores estudam técnicas para aumentar a quantidade de canabidiol na planta e melhorar a flor. Existem inúmeros projetos em andamento no Instituto Volcani em parceria com empresas privadas envolvendo bilhões de dólares. A instituição é responsável por pesquisas na área da agricultura em Israel.
O Hospital Rambam, na cidade de Haifa, norte de Israel, tem um centro de pesquisa onde a maconha também é foco dos estudos.
– Já é fato de que o óleo de maconha alivia a dor nos pacientes de câncer – afirma o CEO da Companhia de Transferência Tecnológica que atua dentro do Hospital Rambam, o PhD Roee Atlas.
A ideologia não barra a ciência em Israel. Havendo relevância, podendo melhorar a vida das pessoas e trazer lucro, a porta está aberta.
Quanto ao uso recreativo, entretanto, há uma espécie de “zona cinzenta”, uma tolerância quanto ao consumo. Vale ressaltar que inexiste tráfico de drogas e a violência causada por isso, como no Brasil.