A possibilidade da volta do julgamento do tema “descriminalização das drogas” pelo Supremo Tribunal Federal (STF), provocou ações opostas neste final de semana. No sábado (2), centenas de pessoas participaram da Marcha da Maconha em Curitiba. Neste domingo (3), foi a vez daqueles contrários à descriminalização, com a Marcha Contra as Drogas.
A organização da marcha iniciou quando o Supremo Tribunal Federal informou que iria a julgamento uma ação sobre porte de drogas. A apreciação do tema pelo STF, ainda sem data confirmada, se refere a um processo da Defensoria Pública de São Paulo, que começou em 2015 e quer eliminar da lei 11.343/2006, o artigo 28, que proíbe uso, porte, compartilhamento e armazenamento de drogas e plantação de maconha. Três dos 11 ministros do Supremo já se manifestaram a favor da liberação do porte e uso.
A marcha de sábado foi daqueles favoráveis à descriminalização do uso e porte de drogas, que defendem que uma política sobre drogas não pode ser apenas proibitiva, mas um debate entre a sociedade.
Já o ato de domingo, coordenado pela Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, do Ministério da Cidadania, reuniu entidades sociais que trabalham na recuperação de drogados, igrejas e instituições, que rejeitam a ideia de descriminalização.
O ato chamado pela Secretaria Nacional aconteceu em 17 estados e no Distrito Federal. Em Curitiba ela aconteceu na Praça Santos Andrade.