No dia 24 de janeiro, o marketplace de cannabis Caliva, baseado em San José, na Califórnia, fechou US$ 75 milhões em financiamentos de investidores como a ex-CEO do Yahoo e da Autodesk, Carol Bartz, e o atleta de futebol americano Joe Montana, considerado por três vezes o jogador mais valioso do Super Bowl. Em um primeiro momento, parte dos recursos será direcionado à expansão da produção de itens recreativos da varejista, que incluem cartuchos e bebidas à base de flores de maconha.
Inaugurado em 2015, o Caliva Collective é um fornecedor de maconha que inclui dispensário, marketplace, equipamentos de cultivo a serviço de entrega. A plataforma de análise de dados de ervas Headset classificou a startup como o principal vendedor do vaporizador G Pen Gio, um dos mais procurados do mercado, comercializado a US$ 30. Desde a sua inauguração, a Caliva abriu um estabelecimento em San José e um centro de distribuição em Brisbane, na Califórnia – cerca de 41 quilômetros ao norte do Vale do Silício. Agora, emprega mais de 400 pessoas entre motoristas, consultores de bem-estar, produtores e cientistas.
Dennis O’Malley, CEO da Caliva, está usando sua experiência em brand no negócio. “Estamos construindo uma marca confiável. Queremos mostrar ao cliente o que nossa empresa representa”, afirmou.
Segundo a própria Caliva, a receita cresceu 350% no ano passado apesar de o mercado de maconha ter caído 17% em função das exigências regulatórias, o que fez com que todos os produtos à base da erva precisassem ser testados antes da venda. O’Malley planeja utilizar os US$ 75 milhões para lançar produtos no mercado, como uma nova linha de bebidas à base de cannabis, assim como para expandir seu negócio para as cinco áreas metropolitanas da Califórnia. “Somos conhecidos pelos produtos mais divertidos”, diz ele. “Estamos estendendo nosso negócio, além de dar início a uma categoria de produtos para alívio da dor, sono e ansiedade.”
Depois de encontrar alívio das dores nos cremes à base de maconha, Carol Bartz, ex-CEO do Yahoo e da Autodesk, decidiu fazer uma visita às instalações da Caliva, e conta que ficou impressionada com a administração e operação da startup. “Este não é um investimento em uma indústria qualquer. É um investimento em uma empresa muito boa que faz parte de uma indústria muito grande”, diz Carol à FORBES.
Além de investir seu dinheiro na Caliva, a executiva está se juntando ao conselho, e planeja trabalhar com o departamento de marketing para ajudar a lidar com o estigma que muitos consumidores – e até os “curiosos sobre a erva” – enfrentam quando se aproximam desse mercado. “Não é todo mundo que quer entrar em uma loja de maconha, mas pode ser que essa mesma pessoa queria experimentar os produtos. Nós precisamos ser bons com o marketing em torno dos produtos relacionados ao bem-estar”, afirma ela.
Fonte: Forbes