A vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) e fiscal da Vigilância Sanitária, Luciana Calil, afirmou que o conselho irá fornecer todo aparato de formação técnica necessário para capacitar os farmacêuticos do Estado sobre os novos produtos r à base de cannabis sativa – maconha – para uso medicinal, no Brasil.
“O farmacêutico é o profissional mais acessível da população e que detém o conhecimento necessário sobre medicamentos. Desta forma, pretendemos capacitar esses profissionais para que possam instruir, orientar e prestar toda assistência necessária à população diante os novos produtos”, salienta Luciana.
Com registro e fabricação autorizados pela Anvisa, os produtos liberados serão vendidos prontos, mediante prescrição poderão ser para uso oral e nasal, em formato de comprimidos ou líquidos, além de soluções oleosas. O início da comercialização irá depender das empresas interessadas na fabricação, desde que atendam normas específicas da Anvisa.
Prescrição
Como deverá ser prescrito, em produtos com concentrações de Tetra-hidrocanabinol (THC) —a parte alucinógena da erva— menores de 0,2% estes deverão ser prescritos com numeração fornecida pela vigilância sanitária. Também será necessário renovação da receita em até 60 dias. Em casos acima desse percentual, o receituário será do tipo A, semelhante ao da morfina.
Atualmente, há cerca de 14 mil pedidos em andamento na Anvisa para importar o medicamento. Apenas neste ano, a Anvisa recebeu 5.321 pedidos de compra de remédios com canabidiol, 47% acima das 3.613 solicitações em todo o ano passado.