Afinal, você sabe por que a maconha é proibida no Brasil e em outros países?

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Escutamos que a “maconha é droga pra lá”, que é “apologia ao crime falar sobre ela” pra cá… mas, afinal, já pararam pra pensar que estamos falando de uma erva, como a camomila, alfazema e o agrião? Então, se é uma simples planta, por que tantos países proibiram o seu consumo e, não apenas isso, tranformaram o assunto em tabu? Vocês sabiam que tem mais racismo por trás disso do que qualquer outra coisa? Pois é…
A maconha foi proibida em praticamente todos os países do mundo e, mesmo com o passar do tempo, poucos foram os lugares que “se renderam” à sua liberação. Mas, afinal, por que esse ódio todo girando em torno da Cannabis? Afinal, ela não é apenas uma planta? A mesma não ajuda pessoas com esclerose múltipla, Parkinson, depressão, ansiedade e várias outras doenças e distúrbios? Fica meio difícil entender como essa “raiva” toda surgiu, mas vocês sabiam que tem toda uma questão de racismo escondida por trás disso tudo?

Vamos dar uma voltinha no passado: em 1920, a Lei Seca começou a entrar em vigor nos Estados Unidos e a mesma proibia a produção e comercialização de bebidas alcoólicas. A maconha, nesta época, era usada em grande maioria por minorias mexicanas – mas acabou se tornando mais popular nesse período. E, bem, nem precisamos falar muito sobre as “diferenças” dos norte-americanos com os latinos, né? Afinal, muitos artistas já falaram sobre o assunto…

Henry Aslinger, chefe da Divisão de Controle Estrangeiro do Comitê de Proibição, decidiu começar essa “guerra contra as drogas” e dizia por aí que a maconha induzia “à promiscuidade e ao crime”. Como o álcool voltou a ser permitido em 1930, o governo criou o Departamento Federal de Narcóticos (Federal Bureau of Narcoticos) e os principais alvos eram a cocaína e o ópio, mas o chefe da organização decidiu colocar a maconha como uma das substâncias proibidas.

Cannabis: você sabe por que a maconha é proibida no Brasil?
Cannabis: você sabe por que a maconha é proibida no Brasil?
Escutamos que a “maconha é droga pra lá”, que é “apologia ao crime falar sobre ela” pra cá… mas, afinal, já pararam pra pensar que estamos falando de uma erva, como a camomila, alfazema e o agrião? Então, se é uma simples planta, por que tantos países proibiram o seu consumo e, não apenas isso, tranformaram o assunto em tabu? Vocês sabiam que tem mais racismo por trás disso do que qualquer outra coisa? Pois é…
A maconha foi proibida em praticamente todos os países do mundo e, mesmo com o passar do tempo, poucos foram os lugares que “se renderam” à sua liberação. Mas, afinal, por que esse ódio todo girando em torno da Cannabis? Afinal, ela não é apenas uma planta? A mesma não ajuda pessoas com esclerose múltipla, Parkinson, depressão, ansiedade e várias outras doenças e distúrbios? Fica meio difícil entender como essa “raiva” toda surgiu, mas vocês sabiam que tem toda uma questão de racismo escondida por trás disso tudo?

Vamos dar uma voltinha no passado: em 1920, a Lei Seca começou a entrar em vigor nos Estados Unidos e a mesma proibia a produção e comercialização de bebidas alcoólicas. A maconha, nesta época, era usada em grande maioria por minorias mexicanas – mas acabou se tornando mais popular nesse período. E, bem, nem precisamos falar muito sobre as “diferenças” dos norte-americanos com os latinos, né? Afinal, muitos artistas já falaram sobre o assunto…

 

Henry Aslinger, chefe da Divisão de Controle Estrangeiro do Comitê de Proibição, decidiu começar essa “guerra contra as drogas” e dizia por aí que a maconha induzia “à promiscuidade e ao crime”. Como o álcool voltou a ser permitido em 1930, o governo criou o Departamento Federal de Narcóticos (Federal Bureau of Narcoticos) e os principais alvos eram a cocaína e o ópio, mas o chefe da organização decidiu colocar a maconha como uma das substâncias proibidas.

No mesmo ano, o Brasil começou a reprimir o uso maconha, sob influência das opiniões dos grandes nomes dos Estados Unidos. Mais uma vez, o racismo vem à tona. A primeira lei do mundo a criminalizar a Cannabis saiu do Brasil, mais precisamente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. “É proibida a venda e o uso do pito do pango, bem como a conservação dele em casas públicas. Os contraventores serão multados, a saber: o vendedor em 20$000 e os escravos e mais pessoas que dele usarem, em três dias de cadeia”, dizia o texto da lei. A maconha era usada pelos escravos nos Quilombolas, após o dia de trabalho – até que seus senhores de engenho descobriram e, claro, não viram com bons olhos.

Estudos
Não, nada citado aqui é uma opinião do Purebreak. Estudos foram realizados e vários documentários, filmes e séries falam melhor a respeito disso, com pessoas especializadas e que podem explicar muito melhor sobre o assunto do que nós. Tem um documentário na Netflix, por exemplo, chamado “Baseado em Fatos Raciais” e que conta com o estudo de diversos historiadores, além de celebridades como Snoop Dogg, que sempre assumiu que usavam a Cannabis. “Quebrando o Tabu” também fala um pouco a respeito da proibição nos Estados Unidos e como isso acarretou à discriminação no Brasil.

O doutor Drauzio Varella também fala abertamente sobre o assunto e sempre aponta os prós e contras do uso da Cannabis.

Ah, e vale ressaltar também: a Cannabis não é só “fumável” não! Além dos óleos utilizados como medicamento, a sua fibra serve para fazer roupas, instrumentos musicais e até as velas das grandes navegações que circulavam de lá pra cá no século passado. Existem museus que mostram tudo que a planta pode criar (Museo del Cannabis, em Montevideo, Uruguai, por exemplo – lá a maconha já está liberada para cultivo).

Os benefícios são maiores do que os riscos
É claro que a Cannabis não é de toda perfeita e também tem seus efeitos colaterais para algumas pessoas (da mesma forma que Camomila dá sonolência, por exemplo) e o seu consumo deve ser feito sob observação de um médico ou psicólogo. Mas vale ressaltar que a variedade é extensa e, se um dia permitida para plantio, várias são as sementes que te ajudam a desenvolver criatividade, ajudam a prevenir dores de cabeça, abrem o apetite… Enfim, é um mundo inteiro de descobertas, estudos e misturas. Mas é inegável que os efeitos medicinais da erva ajudam muitas pessoas e poderiam expandir isso de uma forma bem positiva e inofensiva.

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