Comissão especial que analisa o uso medicinal de cannabis se reúne para definir plano de trabalho

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A comissão especial que analisa o projeto de lei que permite a comercialização de medicamentos baseados em cannabis sativa (PL 399/15) se reúne nesta terça-feira (15) para definir um cronograma de trabalho.

A proposta altera a política nacional antidrogas (Lei 11343/06) e permite a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da planta cannabis sativa em sua formulação.

O autor da proposta, deputado Fábio Mitidieri (PSD-SE), afirmou que embora seja classificada como droga para efeitos penais, a cannabis está sendo utilizada por suas propriedades medicinais de forma eficiente. Para ele, é preciso enfrentar o preconceito de parte da população para garantir qualidade de vida para aqueles que poderiam se beneficiar da substância.

“Deixar muito claro para a sociedade brasileira que nós não estamos legalizando o uso recreativo, nós não estamos fazendo apologia às drogas. Pelo contrário, o que a Câmara dos Deputados está fazendo é debater a possibilidade de trazer qualidade de vida através do uso medicinal”, ressaltou.

Já o deputado Pastor Eurico (Patriota-PE), que também integra a comissão, alertou para os riscos de a discussão se transformar em campanha para a liberação da maconha para uso recreativo. “A planta tem mais de 400 substâncias e apenas uma traz benefício para a saúde. Então, em nome desse benefício automaticamente alguns estão lutando pelo ‘libera geral’”, criticou.

O presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), defendeu a liberação do uso medicinal da cannabis. Para ele, é urgente que a sociedade compreenda que está sendo discutida a liberação de medicamentos e não da droga. O relator do projeto na comissão é o deputado Luciano Ducci (PSB-PR).

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