Criada pelos empresários locais Larry Scheffler — também dono de uma gráfica local — e Robert Groesbeck — ex-prefeito da cidade vizinha de Henderson—, a Planet 13 tem capital aberto no Canadá (onde o consumo recreativo da maconha foi legalizado nacionalmente no mês passado) e apela ao público de alto poder aquisitivo: dependendo do tipo da erva, uma grama chega a custar US$ 20. Piteiras estilosas para vaporização também são vendidas na loja, que mostra em suas propagandas como o consumo da maconha também pode ser sofisticado.
“[Quem compra] são as mesmas pessoas que pagam US$ 12 em uma cerveja e nem ligam. Queríamos nos beneficiar dessa mentalidade de alto consumo”, disse Groesbeck àBloomberg.
O empreendimento, com custo de construção de US$ 8 milhões, ficará ainda mais completo em breve: estão previstos uma cafeteria e um “ambiente de degustação” para os produtos vendidos. Hoje, a loja já funciona 24 horas por dia, bem próxima aos cassinos Treasure Island, Wynn e Pallazzo.
O ambiente de degustação é chave para potencializar o negócio, já que, em Nevada, fumar maconha é proibido em público, e os cassinos também não permitem o consumo nas áreas internas. Groesbeck espera conseguir das autoridades locais a autorização para ter um “lounge do fumo” que permita aos consumidores experimentarem a erva comprada ali mesmo. “Queremos que [a loja] seja um destino”, diz.
Há também o argumento da competição: em um dos principais destinos turísticos dos Estados Unidos (Las Vegas recebe mais de 42 milhões de pessoas anualmente, segundo a autoridade de turismo local), o mercado da maconha legal tende a crescer rapidamente. Um dos principais grupos já constituídos na área, a Green Thumb Industries, adquiriu recentemente uma série de lojas e espaços de cultivo em Nevada por US$ 290 milhões.