15 empresas para ficar de olho em 2019

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Quais empresas se destacarão em 2019? Quais estão sob maior risco? Teremos mais companhias valendo US$ 1 trilhão? São várias questões que o mundo empresarial e o mercado financeiro têm para 2019, e a Bloomberg endereçou o tema em sua lista de empresas para ficar de olho no ano que vem.

Desde empresas em franca ascensão a outras que têm sido mais pressionadas por resultados ruins, o site listou as ações que os investidores devem olhar com mais atenção no ano que vem. Das 50 companhias citadas, selecionamos 15 que ou têm atuação no Brasil ou participam de mercados que podem mudar toda a economia mundial no futuro próximo.

Confira as empresas selecionadas, por ordem alfabética, e a análise da Bloomberg sobre elas:

AB InBev
O grupo dono da Ambev cresceu fortemente por meio de aquisições durante os últimos anos, e, apesar do domínio sobre o mercado cervejeiro, acumulou dívidas de US$ 108 bilhões. Assim, a tendência é de agora a empresa controlar seu apetite e se concentrar em reduzir esse débito, enquanto os competidores podem aproveitar para atuar e forma mais agressiva. A Bloomberg não descarta que o grupo coloque à venda algum de seus negócios não-alcoólicos.

Canopy Growth
O mercado da maconha legal é talvez o com a maior perspectiva de crescimento em toda a economia, com o boom de liberalização nos países ocidentais. E a Canopy Growth é quem melhor vem capitalizando esse crescimento, tanto para as necessidades médicas quanto para as recreativas. A empresa canadense já opera em 11 países, e tem na parceria com a empresa de bebidas alcoólicas Constellation Brands uma grande vantagem competitiva.

Dell
A fabricante de computadores tem ativos estimados em US$ 123,3 bilhões e passa por um processo de simplificação de sua estrutura para então voltar ao mercado aberto. Parte disso envolve a compra dos ativos restantes da empresa de software VMWare, adquirida em conjunto com a EMC em 2015, o que foi decidido nos últimos dias por um valor de US$ 23,9 bilhões. Assim, ficará mais fácil definir o valor de mercado da Dell para que suas ações voltem a ser negociadas em bolsa.

Deutsche Bank
Depois de se ver envolto no meio do escândalo de lavagem de dinheiro nos Panama Papers, o banco alemão está focado em fortalecer seus principais ativos, aumentando a rentabilidade. Para isso, deverá privilegiar sua operação comercial e segurar um pouco mais a de banco de investimento.

Ford
O ano de 2019 deve ser crítico para uma mudança de foco nos negócios da Ford, que aos poucos tira seu foco dos sedans para leva-lo a picapes e SUVs. O bom estado das montadoras japonesas e as dificuldades das norte-americanas em função dos conflitos comerciais e produtivos que o país passa com Donald Trump tornam mais difícil a missão da Ford, que vê um senso de urgência crescer constantemente.

General Eletric
A recente troca no comando da GE, após a queda inesperada do CEO John Flannery que apresentava resultados insatisfatórios, deu um pequeno empurrão nas ações da empresa, mas ainda há muito o que recuperar. Depois de fazer apostas pesadas que não deram tão certo na área de geração de energia, a GE estreitar seu negócio com a venda de ativos da GE Capital, seu braço financeiro.

Harley-Davidson
A fabricante de motos estilosas deu um passo ousado ao anunciar a expansão de sua produção fora dos Estados Unidos, provocando irritação em Donald Trump e de parte da sociedade americana contra uma de suas mais tradicionais companhias. Uma dificuldade, entretanto, é se adequar às necessidades de mercados emergentes como o asiático, que em geral preferem motos mais leves e menos robustas. A ideia é que a Harley procure empresas locais para parcerias que tornem mais rápida essa adaptação.

Kering
Dona de marcas de luxo como Gucci e Yves Saint-Laurent, a Kering vem conseguindo bom desempenho mesmo em um mercado que vem passando por transformações com tendências menos luxuosas. Tanto suas principais marcas quanto outras menores como Balenciaga e Alexander McQueen vêm apresentando bom desempenho. Vale a pena ficar de olho, ainda mais considerando que a empresa chegou recentemente ao Brasil com seu negócio de óculos de sol.

L Brands
È diferente a situação da L Brands, cuja principal marca, a Victoria’s Secret, vem enfrentando grandes dificuldades em renovar sua identidade e se posicionar num mundo mais feminista e de menor objetificação das mulheres que acontece por meio das lingeries. A esperança da empresa é conseguir redefinir seu mix de produtos e sua imagem pública. Uma vez com marcas novamente bem posicionadas, a L Brands poderá ambicionar novos crescimentos no futuro.

Nike
Líder global em artigos esportivos, a icônica empresa vem apostando em conectar cada vez mais negócios físico e virtual. A inauguração de uma loja conceito em Los Angeles, com estoque dinâmico que varia conforme as necessidades locais e permite reservas por app, foi um exemplo claro desse foco. A empresa espera expandir esse comportamento ao ponto de conseguir prever quando e onde deve estar concentrado seu inventário, para identificar a variação de pontos quentes de demanda e assim ter os produtos certos nos locais certos, o que so irá trazer mais rentabilidade.

Osram
O ano de 2018 não foi dos mais positivos para a empresa de equipamentos de iluminação, mas a expectativa é que uma recuperação aconteça ano que vem. Focando em setores específicos como carros e estruturas hospitalares, a empresa deve se tornar mais rentável.

Petrobras
Depois de estar no centro de um escândalo político que deu início à Operação Lava Jato, a Petrobras é a única empresa de origem brasileira na lista da Bloomberg. A expectativa é que os resultados da companhia sigam melhorando, depois de, num prazo de 18 meses, a Petrobras ter passado da petroleira mais endividada no mundo para se tornar de fato rentável. A incógnita é como será a gestão do governo Bolsonaro sobre a empresa, e como serão tratado temas como os subsídios ao combustível definidos após a greve dos caminhoneiros deste ano.

SoftBank
Maior sensação do mundo do venture capital com um fundo de US$ 100 milhões, a SoftBank deve reduzir um pouco a velocidade dos investimentos em 2019. A empresa japonesa de telefonia depende em grande parte do sucesso do IPO de seu negócio mobile no Japão, e assim capitalizar com sucesso os outros negócios, incluindo o fundo de investimentos. A fusão da operadora de telefonia norte-americana Sprint com a T-Mobile também deve ajudar nesse processo, mas o negócio já demorou mais para sair do que os investidores gostariam. Dando tudo certo, é de se imaginar que o Vision Fund continue despejando dinheiro a rodo nas startups do mundo todo.

Tesla
Os tuítes de Elon Musk não são o único problema enfrentado pela companhia de veículos elétricos e autônomos americana. A companhia precisa também ganhar eficiência operacional, ajustar sua capacidade produtiva e refazer seu quadro administrativo, que teve a confiança abalada com a questão do “vou fechar o capital da empresa” de Musk. Tudo isso enquanto a empresa intensifica a produção de seu Model 3, veículo de menor preço que não deverá contribuir muito com a rentabilidade da Tesla.

WPP
Dona de marcas poderosas do mundo da publicidade, como Burson-Marsteller e Ogilvy, a WPP teve dificuldades durante este ano ao ter que enfrentar perdas de contas importantes e cortes nos gastos de clientes. Para se manter competitiva diante de grandes rivais e de empresas de pesquisa e tecnologia aos poucos se tornam competidoras, como Accenture e Deloitte, um passo importante deverá ser a venda da unidade de inteligência da Kantar. Assim, a companhia pode se manter com um endividamento administrável e com caixa para futuras aquisições.

Fonte: Época Negócios

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