Uso medicinal da maconha é debatido em audiência pública na Câmara Municipal de Curitiba

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Os registros históricos apontam que a maconha é usada para fins medicinais há pelo menos 2 mil anos. No corpo humano funciona como relaxante muscular, antidepressivo, regulador de apetite, analgésico, anti-hipertensivo e anti-inflamatório.

Mas há uma barreira formada pelo preconceito em torno do uso da substância. O assunto foi discutido em audiência pública realizada na Câmara Municipal.

O encontro foi uma iniciativa do vereador Goura, do PDT. Ele diz que a maconha medicinal, ou canabidiol, é alvo de preconceito, provocado pelo desconhecimento. A substância já vem sendo utilizada em diversos países para tratar ou amenizar sintomas de inúmeras doenças. No Brasil já houve avanços com relação ao tema, mas o caminho parece bem mais longo segundo o vereador.

Um dos problemas relacionados ao uso do Canabidiol é a judicialização. Muitas vezes quem precisa do produto precisa encarar uma batalha jurídica.

O advogado Diogo Bussi, responsável pela política antidrogas da prefeitura na gestão de Gustavo Fruet, participou da audiência. Ele representa um empresário que trabalha com a importação do Canabidiol, mas enfrentou problemas por causa de uma fiscalização. Até que tudo fosse explicado demorou algum tempo.

A professora de história Pérola de Paula Sanfelice é mãe da pequena Pétala, de dois anos e meio. A criança tem problemas de desenvolvimento, e sofre com alguns sintomas. Ainda não há um diagnóstico preciso sobre a doença da filha, mas suspeita-se que há relação com autismo. Pérola disse que em um primeiro momento, tentou uma medicação convencional.

Há 40 dias Pétala está recebendo doses de Canabidiol. Desde então, o desenvolvimento cognitivo deu um salto, segundo a mãe.

Lembrando que desde o ano passado está tramitando um projeto de lei no Congresso que pode descriminalizar o plantio da maconha para fins medicinais. A matéria deve passar por algumas comissões do Senado e em caso de aprovação no plenário, vai ser encaminhada para análise na Câmara Federal.

Fonte: CBN Curitiba

 

 

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