Durante audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o ministro da Educação Abraham Weintraub precisou explicar suas declarações de que existiram “extensas plantações de maconha” nos campi de universidades brasileiras.
Weintraub foi convocado pela comissão para a sessão desta quarta-feira (11). A audiência teve duração de sete horas, e encerrou-se por volta das 17h30 da tarde.
Em vez de amenizar ou voltar atrás em suas declarações, apesar da falta de evidências, o ministro reafirmou a fala. Ele também voltou a dizer que os laboratórios de química nas universidades brasileiras têm sido utilizados para “produção de drogas sintéticas”.
Quando questionado sobre as provas que suportariam tais dizeres, o ministro afirmou: “as provas encontram-se em material acessível que encontrei na internet”.
Weintraub utilizou como exemplo específico a Universidade de Brasília, apresentando uma matéria jornalística contendo informações imprecisas sobre um caso de abril de 2017. À época, vasos contendo a planta foram encontrados em uma área de cerrado próxima ao campus Darcy Ribeiro da UnB.
A plantação da droga era mantida por um não-aluno e dois alunos da universidade. Durante a investigação, foi constatado que a área onde foram encontrados os vasos não pertencia aos limites do campus e, portanto, não estava dentro da Universidade de Brasília.
O processo foi arquivado, sem confirmação de autoria dos dois estudantes. Nenhum deles foi condenado.