A Plataforma Socialista Pela Legalização da Canábis, estrutura informal de militantes e simpatizantes do PS, apelou ao Governo para que crie as condições para a legalização, investigação e desenvolvimento da indústria da canábis em Portugal.
Em comunicado, o grupo de militantes socialistas elogia a atuação da bancada socialista de apoio à iniciativa do Bloco de Esquerda para a legalização e regulação da medicina canábica em Portugal, assim como manifestam apreço pela ação desenvolvida pelo PAN (Pessoas-Animais-Natureza).
“Num mundo em acelerada mudança e mais de 70 anos depois de uma política radical de combate ao consumo e tráfico de droga, verifica-se que todas as políticas nacionais e transnacionais de combate a este flagelo falharam irremediavelmente em todos os continentes e locais”, sustenta a Plataforma Socialista pela Legalização da Canábis.
Segundo este grupo de militantes e simpatizantes do PS, encabeçado por Luís Filipe Figueiredo, membro da FAUL (Federação da Área Urbana de Lisboa), vários “Estados e as estruturas de combate ao crime organizado foram capturados pelas redes e cartéis do tráfico de droga, com ligações ao mundo da política e ao capital financeiro”.
“É imperativo, é urgente, é necessário, mudar o paradigma das políticas para o setor. É neste contexto que assume particular destaque a canábis, seja na sua componente medicinal, seja na recreativa”, refere-se no texto.
Num apelo ao Governo socialista, os membros desta plataforma de ativistas sociais advertem que “Portugal não pode nem deve dificultar e atrasar o investimento e a investigação da canábis, protegendo o investimento internacional e dificultando as iniciativas da lavoura nacional, afastando da produção os pequenos e médios agricultores por causa de imposições legais”.
“O Governo de Portugal não pode ignorar durante mais tempo a necessidade de apoiar os portugueses no desenvolvimento deste novo segmento industrial e agrícola, defendendo os produtores e consumidores nacionais, criando condições para o abastecimento de mercados nacionais e internacionais em defesa do comércio nacional e dos produtos com marca nacional”, acrescenta-se.